Dentes amarelados, desalinhados ou espaçados podem deixar as pessoas incomodadas com a aparência do seu sorriso. O aspecto da gengiva também pode representar um fator de descontentamento, mas é possível torná-la mais simétrica e harmônica.
A chamada gengivoplastia, feita nos consultórios odontológicos, é o tratamento que vai corrigir a gengiva e mudar o sorriso do paciente. O resultado é a maior exposição dos dentes que antes estava sendo sobrepostos pelo excesso de gengiva
Geralmente, ela é realizada para fins estéticos, mas também pode ser feita por razões médicas. Entenda mais sobre o assunto.
O que é a gengivoplastia
A gengivoplastia consiste em uma pequena plástica para diminuir a gengiva. Ela tem como objetivo corrigir formato e proporção do tecido gengival ao redor da estrutura dentária, a partir da retirada do excesso de gengiva e reconstrução do contorno.
A cirurgia pode ser combinada com a gengivectomia, que remove o excesso de tecido gengival e modela o osso, ou com o enxerto gengival, que trata problemas como retração ou recessão gengival.
Quando é indicada
Algumas pessoas, ao sorrir, exibem uma maior extensão da gengiva, que encobre uma parte dos dentes e faz com que eles pareçam menores, similares a dentes de crianças. É o chamado sorriso gengival.
Quem tem essa característica pode se incomodar com a estética do sorriso. São comuns situações em que o paciente tem baixa autoestima, evita sorrir em público ou coloca constantemente as mãos sobre a boca.
Para estas pessoas, a gengivoplastia é o procedimento recomendado para solucionar o comprometimento estético.
O sorriso gengival não é o único motivo que pode levar os pacientes à cadeira do dentista para a cirurgia. Gengivas grandes ou desalinhadas, dentes fraturados, problemas com implantes dentários ou sequelas de uma periodontite podem, em alguns casos, ser tratados com a plástica gengival.
Como é realizada
A realização do procedimento depende da avaliação do dentista, que vai confirmar a necessidade da cirurgia, verificar as condições da saúde bucal do paciente e solicitar exames.
Se for possível dar sequência, o profissional fará as medições da faixa de gengiva a ser removida.
No dia da cirurgia, o paciente faz o uso de anti-inflamatórios, analgésicos e anestesia para evitar dores e inflamações durante e após a gengivoplastia.
Com um bisturi, o dentista remove a faixa de gengiva planejada. Ele também faz o descolamento e rebatimento do tecido para modificar o contorno do osso ao redor do dente, o que garante uma melhor aparência e evita que as gengivas voltem à posição original.
Após o término, as gengivas são suturadas ou seladas a laser. Quando cicatrizadas, os pontos são removidos, se houver. Isso tanto nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) ou conveniadas ao seu plano dental.
Prós e contras
A principal vantagem da gengivoplastia é a diferença que o procedimento faz para o sorriso. Como a gengiva é remodelada para que os contornos combinem perfeitamente com o formato e tamanho dos dentes do paciente, o sorriso é valorizado de forma natural.
Para os pacientes que têm dificuldade com a autoimagem, a gengivoplastia pode funcionar como um passo importante para fazer as pazes consigo mesmo.
O procedimento contribui para preservar a saúde bucal. Quando as gengivas recobrem demais os dentes, a higienização fica prejudicada. O tecido gengival tem mais chances de ser lesionado, causando sangramentos e inflamações e, ainda, pode haver um maior acúmulo de placa bacteriana.
Entretanto, antes de realizar a cirurgia, é preciso considerar que há riscos associados ao pós-operatório. O paciente deve seguir as orientações para evitar complicações.
Fazer esforços físicos, expor-se ao sol, fumar e ingerir bebidas alcoólicas é expressamente proibido por uma semana. A alimentação precisa ser leve, fria e líquida nos primeiros dias, e a medicação deve ser usada conforme recomendada. Tudo isso evitará inchaço e dores.
Os cuidados com a higiene bucal precisam ser redobrados. A região tratada deve ser higienizada com produtos específicos, prescritos pelo profissional e, ao longo da vida, é essencial fazer uma boa escovação aliada ao uso do fio dental.
Além disso, pacientes que apresentam gengivite ou periodontite devem se recuperar adequadamente primeiro.
Já aqueles que têm a proporção entre a coroa e a raiz desfavorável, risco de exposição de furcas ou formação de desníveis nas bordas da gengiva podem ter a cirurgia desaconselhada.
Pacientes com alterações sistêmicas de coagulação e imunodeprimidos também têm contraindicação para o procedimento.